A rejeição social do alcoolismo na mulher
A mulher bebedora - quer seja a base do lar, quer trabalhe profissionalmente - vive em contínuo estresse e angústia. Muitas vezes, bebe sozinha e não conta seu problema para ningém, o que dificulta receber o apoio familiar que, normalmente, é dedicado ao homem na mesma situação.
O álcool afeta uma mulher de uma forma diferente do que afeta um homem. Devido à sua estrutura física, a mulher suporta menos doses e tem seu alcoolismo agravado em menos tempo.
O abuso crônico do álcool pela mulher causa, não apenas deterioração física e mental, mas também a deterioração das relações familiares, desemprego, acidentes de trabalho, maus tratos e isolamento social, entre outras consequências.
Para muitas mulheres, beber é uma forma de se libertar de situações com as quais não conseguem lidar, situações que as dominam, tais como: conflitos conjugais e com filhos, pressões no trabalho, estresse e uma profunda sensação de solidão e insatisfação.
Psicologicamente, a mulher alcoólica tem a impressão de não estar à altura da situação, de tal forma que não se sente suficientemente atraente, inteligente, maternal, carinhosa ou feminina; sua autoestima está severamente afetada. As mulheres perdem a confiança de seus entes queridos; muitas têm ideias de suicídio e, neste ponto, se não buscam ajuda, podem chegar à loucura, prisão ou morte prematura.
(Livreto COLCHA DE RETALHOS, "A rejeição social do alcoolismo na mulher", 2019, Junta de Serviços Gerais de A.A. no Brasil)